Tributo ao Caio F.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Quando nada mais houver,
eu me erguerei cantando,
saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e a minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir.
[Extraído do livro Caio Fernando Abreu-  Caio 3D, O Essencial da Década de 1970]


Caio Fernando Abreu - *12 de Setembro de 1948  + --/--/---- Poetas não morrem enquanto suas palavras continuam sendo faladas, escritas, cantadas pelas gerações que, com arte e poesia, eles cuidaram de criar...

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