Vagas considerações...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Eu precisei de um longo periodo de readaptação.
Tive que aprender a ser só de novo; não que eu não tivesse ninguém, é só que a gente tem que aprender a ser completo sozinho antes de querer ser dois.
Mas antes que eu terminasse a faxina veio-me ao conhecimento os desvaneios do seu pensamento, sem explicação sem dor nem lágrimas, o seu tão grande sentimento transforma-se em nada, da noite pro dia, como se houvesse dentro do seu coração um botão de amor mod off.
Tudo vira do avesso. De novo.
Que bela forma de recomeçar a mudança... Pus tudo de volta nas caixas pra reorganizar as minhas prateleiras sem todas aquelas lembranças vivas de você, tirei as suas fotos de todos os meus porta-retratos, respirei uma última vez o seu hálito no armário do banheiro e mudei a essência, juntei os cabides cheios de você que ainda estavam no guarda-roupa, limpei seu rosto de todas as minhas paredes e guardei tudo na caixinha de porcelana que você me deu.
Esqueci ela num canto qualquer no meio das minhas bagunças. Esqueci dela, não de você.
Que falta de sorte! Não vim de fábrica com esse cofre de trancar lembranças...
E agora, que o seu cheiro voltou a irritar  penetrar o meu olfato, procurei a caixinha, mas descobri que você a levou, e ja faz tempo. Só me restam as lembranças do tempo remoto em que o seu amor era de sentir sem tocar e não tocar sem sentir.
    Que venha uma nova arrumação...

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