Tic Tac

sexta-feira, 18 de março de 2011
Tem quem diga que a gente não se completa?
Tem quem discorde que as nossas disparidades nos deixam ainda mais parecidos?
Tem quem não saiba que a gente tem mais coisas do que aparenta e acaba aparentando mais do que realmente tem?
É por isso que eu ainda escrevo cartas pra você nas aulas vagas, que eu depois de uma noite de cão ainda vou comer hambúrger com você (e bebo, segredo), que eu mantenho os meus fakes, que eu vivo você, escrevo você.
É que agora eu estou aqui com um tictac irritante me avisando que o tempo quer passar, quer esgotar, que ir embora... E agora? E se você for, ou melhor, se eu deixar você ir?
E quando não faltar quem me diga que eu sem você não sou eu, que você sem mim perde o controle, que as nossas risadas incomodam os sonos alheios mas dão felicidade àqueles que são felizes só de imaginar o quanto a gente se faz bem. E eles só imaginam. Se vivessem então...
Ta certo, você tá cansado de teorias mas eu to cansada de correr. Um pouco pelo menos.
Então pára e se esquece em mim, em nós.
Espera toma uma comigo e dança o resto da noite.
Bebe as nossas alegrias como quem experimenta vinho.
Degusta os nossos prazeres com a gula de quem nunca prova e a elegância de quem aprendeu a se deliciar.
Se joga nos nossos abraços nos nossos braços, nos nossos fins de noite...
Pelo menos hoje. Só hoje.
Amanhã você continua essa maratona pra longe de mim e eu continuo a correr atrás de você tentando ser capaz chegar em primeiro com você. Chegar em você.
Só hoje, faz diferente, se joga comigo, que hoje, só hoje eu quero respirar e aspirar e mergulhar nesse teu amor até me afogar.

1 comentários:

  1. Arruma tuas malas, guarda tuas mágoas, teus medos e tuas inseguranças. Coloca tuas felicidades na bagagem, teus afetos, teus carinnhos e teus sorriso. Enfim... Traz você pra mim. E quando você chegar aqui a gente se ajeita, se encaixa, joga fora o relógio(levando embora esse tic-tac que incomoda).


    (...)
    E quando não faltar quem me diga que eu sem você não sou eu, que você sem mim perde o controle, que as nossas risadas incomodam os sonos alheios mas dão felicidade àqueles que são felizes só de imaginar o quanto a gente se faz bem. E eles só imaginam. Se vivessem então...
    (...)